Desde que me conheço que assumo um fascínio irresistível em explorar a parte de dentro, o que está escondido e quais os mecanismos que fazem as coisas funcionar (calculem vocês as avarias de brinquedos e o que mais acordava essa curiosidade...).
Foi rapidamente acordada essa mesma curiosidade quando conheci a Biodanza, há mais de 14 anos, pois os resultados eram visíveis em mim e nos meus colegas e era óbvio não ser obra de acaso ou coincidência, mas antes obra da operação de um Sistema estruturado e coerente...
Escola de Biodanza de Lisboa aí vou eu!
Era fascinante e urgente conhecer os comos e os porquês desse sistema de transformação e desde lá que continuo a procurar conhecer mais e mais profundamente o que acontece nos dentro e como se reflete fora.
Percebi também que quando estudo, aprendo, compreendo algo novo e o integro em mim e na minha estrutura de conhecimento, eis que se desperta um outro movimento, complementar e igualmente forte: o de multiplicar e partilhar.
Aliás, reconheço este mecanismo nos melhores entre os meus professores.
Aceitando como verdadeiro e universal que a vivência é individual, única e subjetiva proponho que aceitemos igualmente que a ciência e o conhecimento do Humano e dos seus mecanismos biológicos, fisiológicos, psicológicos, sociais... é cada vez mais amplo e profundo.
A minha última experiência neste contexto foi no Congresso Mundial de Biodanza, que aconteceu de 13 a 16 de junho em Itália, onde fui apresentar uma palestra sobre "A profundidade da Biodanza Aquática", pois não havia condições para facilitar uma vivência...
Preparei-me em "Terra" com um vídeo lindíssimo e um ppt multilingue e estava pronta para a vivência desta apresentação. Preparei um contentor científico e fundamentado para a experiência vivenciada na Água.
Fiquei muito feliz com a minha prestação e os participantes foram generosos em reconhecer a minha dedicação ao tema e a minha competência na sua partilha.
Sou obrigada a aceitar que é possível ser ao mesmo tempo teórica e envolvente, estruturada e divertida, focada e apaixonada, disponível e humana.
É possível estar no mundo e na Vida integrando conhecimento, sensibilidade e paixão!
Quando olho para as fotos e recordo como aconteceu esta participação, chega também o antes e o agora da Biodanza e não posso deixar de sorrir com a memória do tema do meu primeiro desafio-Minotauro, na altura agonizante, de estar ao centro da Roda, e da atenção.
A Biodanza funciona e nós sabemos porquê :-)
20 de junho de 2024
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